sábado, 3 de abril de 2010

Anestesiante


Não estou sentindo nada
Não consigo sentir nem alegria nem tristeza.
Nem dor, nem fome, nem sede
Nem mesmo a solidão me surpreende.
A noite é extremamente vazia.
Mas sou fruto do meio
Meio urbano onde vivo
Na cidade hostil, onde falta amor
Na falta de conversas marcantes
Na falta de gestos carinhosos
Na falta de atitudes insólitas
É tudo que sinto
É tudo que posso sentir.

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